Enquanto carboidratos, proteínas e gorduras são digeridos, eles são fragmentados em glicose, fazendo com que os níveis de glicose no sangue subam. Mas cada um desses nutrientes apresenta um metabolismo diferente em termos de velocidade de absorção, quantidade absorvida (são fragmentados no corpo em várias taxas,) afetando de forma diferente os níveis de glicose no sangue.
Os carboidratos são os nutrientes que mais afetam os níveis de glicose no sangue. O corpo fragmenta aproximadamente 100% dos açúcares e amidos - dois tipos de carboidratos - em glicose em aproximadamente duas horas. No passado, era dito às pessoas com diabetes que elas não podiam ter qualquer açúcar na sua dieta e que os amidos eram saudáveis. Nós sabemos agora, entretanto, que o seu corpo fragmenta tanto o açúcar quanto o amido em glicose na mesma velocidade. De fato, é a quantidade total de carboidrato na sua dieta, não a fonte do carboidrato, que influencia significativamente os níveis de glicose no sangue.
As proteínas e as gorduras afetam menos os níveis de glicose no sangue do que os carboidratos. Aproximadamente 50% da proteína é eventualmente fragmentada em glicose, geralmente dentro de três a cinco horas. Em torno de 5 a 10% da gordura que você come se transforma em glicose dentro de seis a oito horas. A gordura desempenha um papel na elevação da glicose no sangue pelo bloqueio da ação da insulina, aumentando o tempo que o alimento leva para viajar através dos seus intestinos. Como resultado, a sua glicose no sangue pode não ser inicialmente afetada depois de uma refeição gordurosa, mas horas depois, ela pode subir significativamente. O álcool e os substitutos do açúcar, ou adoçantes, também podem afetar os níveis de glicose no sangue.
Para descobrir como carboidratos, proteínas e gorduras - em quantidades e combinações diferentes - afetam os seus níveis de glicose no sangue, faça experimentos com eles. Comece comendo como de costume. Então comece a introduzir uma variedade maior de alimentos. Desfrute de tipos diferentes de carboidratos, de molho de tomate a batatas, biscoitos a feijões verdes, e de pão a mirtilos. Coma uma variedade de proteínas, de ovos a queijo e de peru moído a costela. Existem vários tipos de gorduras, de manteiga a margarina e de creme de leite a maionese.
Mantenha anotações detalhadas e precisas sobre as quantidades de alimentos que você come e a quantidade dos nutrientes no alimento, e teste freqüentemente os seus níveis de glicose no sangue para ver como o seu nível de insulina corresponde ao seu consumo de comida. Teste antes de comer e depois uma, duas, três e quatro horas após a refeição. Como regra geral, tenha como objetivo uma glicose em jejum de 90-130 miligramas por decilitro (mg/dL); uma hora após a refeição, menos que 180mg/dL; duas horas após a refeição, menos que 160mg/dL; três horas depois, menos que 140mg/dL; e em quatro horas, ou antes da sua próxima refeição, novamente a 90-130mg/dL.
Com o tempo, você começará a perceber como o seu corpo responde ao alimento, especialmente aos carboidratos. Você pode descobrir que comer alimentos que contenham apenas carboidratos faz com que a glicose no sangue suba rapidamente, ou fique muito alta após a refeição. Os carboidratos em combinação com quantidades variáveis de gordura e/ou proteínas afetarão os níveis de glicose no sangue de forma diferente. Além disso, você pode descobrir que alimentos ricos em gordura elevam os seus níveis de glicose no sangue também. Você pode descobrir que comer em excesso (comer quando você não está com fome) faz os níveis de açúcar no sangue subirem rapidamente e ficarem muito altos.
Lembre-se: não importa a sua fonte, a insulina trabalha com o alimento que você come. O equilíbrio é o aspecto-chave do controle da diabetes. Se você come muita comida para a insulina que está disponível, o seu nível de glicose será muito alto; se você come muito pouco, o seu nível de glicose será muito baixo. Uma alimentação balanceada ajuda a controlar a diabetes.
Aprenda mais sobre como alimentos diferentes afetam o seu corpo e a sua capacidade de administrar a diabetes.
por Dr. Dana Armstrong e Dr. Allen Bennett King -
traduzido por HowStuffWorks Brasil
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